Drama dos Leitos

'Provavelmente, vou sair daqui sem ter conseguido um leito'

Marilice Daronco

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Desde domingo, o pronto-socorro do maior hospital público da Região Central, o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), restringiu seus atendimentos e passou a internar apenas quem recebe novos casos de traumatologia grave (como vítimas de acidente de trânsito).

Mesmo com o fechamento parcial, nesta terça-feira, 44 pacientes estavam internados, sendo que há apenas 22 leitos. Na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde há nove leitos, há uma fila de espera com oito pacientes. 

Entre as pessoas que esperam em macas, está a aposentada Jurema da Silva, 63 anos, que foi internada, depois de um AVC e de um derrame. 
_ Provavelmente, vou sair daqui sem ter conseguido um leito. Mas a gente sabe que eles estão fazendo o que podem para nos ajudar. Se há falhas, a culpa não é de quem está aqui trabalhando _ afirma Jurema.

Esta é uma lição que a estudante de Enfermagem Cláudia Ouriques já aprendeu:
_ Os pacientes reclamam para a gente, mas vamos dizer o quê? A gente faz o que pode, mas basta olhar para ver que a demanda é grande, e o recurso é pouco.

A história de Jurema é um entre quatro dramas em busca de leitos no PS do Hospital Universitário que o Diário traz em sua edição impressa desta quarta-feira. A edição também mostra a luta de profissionais de saúde que buscam garantir aos pacientes o melhor atendimento possível quando a superlotação vira uma regra e não uma exceção.

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